sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Frio que salva!


Até há bem pouco tempo eram escassas as hipóteses de sobrevivência para as vítimas de paragem cardíaca, mas isso poderá mudar brevemente.

Uma técnica antiga, recentemente reabilitada, está a proporcionar essa mudança: a hipotermia terapêutica. Apesar das inovações na medicina, o arsenal de procedimentos para reanimar quem sofre deste problema ainda constitui uma das maiores causas de morte e quem sobrevive guarda sequelas.

O princípio da hipotermia é simples. Consiste em baixar a temperatura do organismo e congelar, dessa forma, os danos causados pela falta de oxigénio. Quando o coração pára, uma série de acontecimentos tem lugar dentro do nosso corpo, desde a oxidação à morte das células, passando pela libertação de toxinas, que podem desencadear processos de infecção com consequências graves. Esta cadeia de acontecimentos, caso não se verifique uma intervenção que a trave, conduz à morte cerebral. Com o arrefecimento, a taxa de sobrevivência pode aumentar, em média 35 por cento.

A hipotermia é usada há 60 anos, mas só foi oficialmente adoptada e recomendada como procedimento -padrão de reanimação há dois anos. No passado, os profissionais de saúde desciam demasiado a temperatura corporal, acabando por pôr em risco a vida dos doentes. A metodologia ficou, portanto, durante seis décadas, restrita às salas de operação em que as cirurgias exigem a interrupção da circulação sanguínea. Regressou aos serviços de urgência quando os especialistas conseguiram chegar a um número mágico: 32 ºC, a temperatura mínima que o corpo suporta internamente, ou seja, aquela à qual é possível salvar as células dos efeitos que decorrem da falta de oxigénio. O objectivo é trazer o paciente de volta exactamente no mesmo estado em que se encontrava antes da paragem.


Fonte: Nova Gente, N.º1625


Foi interessante saber que apesar do frio poder matar, também ele pode salvar as vítimas de paragem cardíaca. Foi importante a evolução da medicina no melhoramento deste tratamento pois permitiu aumentar as hipóteses de sobrevivência quando ocorre uma paragem cardíaca. Sendo este problema (paragem cardíaca) uma das maiores causas de morte é confortante saber que existe um método que apresenta um aumento na taxa de sobrevivência em cerca de 35% .

Já é possível viver com leucemia


A leucemia mielóide crónica é o primeiro tipo de cancro cujo mecanismo foi descoberto podendo assim ser possível viver com a doença.

Suores nocturnos, cansaço e perda de apetite são sintomas que não fazem soar nenhum sinal de alarme. Contudo, correspondem aos primeiros sinais do aparecimento da leucemia mielóide crónica (LMC), um dos quatro tipos de leucemia existentes. Bastante rara, é provocada por um distúrbio no sangue. Isto deve-se à produção excessiva de glóbulos brancos imaturos provocada pela presença de uma célula anormal, o cromossoma Filadélfia. Este é detectado na medula óssea em 95% dos pacientes com LMC, o que permitiu aos investigadores compreender o mecanismo responsável pelo aparecimento de um tipo de cancro. Tal como Herlânder Marques (hemato- oncologista do Hospital de São Marcos) explica, “conhecendo a alteração genética, é possível explicar toda a doença”.

Permanece ainda o mistério porque algumas pessoas desenvolvem este tipo de leucemia que atinge sobretudo idosos entre os 60 e os 70 anos.

A leucemia é uma doença maligna com origem nas células imaturas da medula óssea. Com a produção de glóbulos brancos descontrolada e de células anormais afectadas, o caminho fica livre para o aparecimento de anemia, infecções e hemorragias que podem levar à morte caso a situação não seja tratada. Grande parte dos diagnósticos são feitos com base na observação de análises de rotina ao sangue. Se numa pessoa saudável a presença de dez mil glóbulos brancos é normal, já o dobro pode ser indicador de que algo não está bem. No caso da LMC, pode disparar para mais de 50 mil glóbulos brancos.

Graças à evolução do tratamento, ter LMC já não é uma sentença de morte.

Uma vez descoberta, avalia-se qual a fase da doença que o doente apresenta para que possa ser traçado um plano de tratamento. É aqui que entra o mesilato de imatinib, a primeira droga anticancro que consegue actuar sobre o cromossoma Filadélfia, a anomalia responsável pela LMC na maioria dos pacientes.

Com cinco a dez mil novos casos na Europa, existem cerca de 60 mil pacientes a viver com a doença. Os estudos efectuados com o novo fármaco são animadores. Além de aumentada a taxa de sobrevivência, as células tumorais também são reduzidas quase na totalidade.
Fonte: Nova Gente, N.1629
Fiquei contente por saber que a medicina está evoluir em termos de tratamentos para doenças que até há bem pouco tempo eram fatais. Pela notícia que li, reparei que as pessoas ainda não se encontram muito informadas acerca deste tratamento o que faz com que quando esta doença seja diagnosticada o doente fique com a ideia que que pouco tempo de vida lhe resta, sendo esta ideia errada.
Por isso, achei que seria bom postar esta mensagem até para informar quem ainda não conhece este novo tratamento. Por outro lado, é preocupante ainda não se saber o que leva ao surgimento deste tipo de doença e da hipótese que é colocada é de ser ao acaso. Pois caso seja de facto ao acaso não poderemos ter certeza se puderemos vir a ser afectados por esta doença.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Gregor Mendel



Johann Mendel nasceu a 22 de Julho de 1822, em Heinzendorf, Áustria. Mendel recebeu o nome de Gregor quando entrou para o monastério (lugar de recolhimento total, onde monges vivem de muita oração, trabalho e estudos) em Brünn, Moravia (agora Brno, República Tcheca) em 1843. Estudou durante dois anos no Philosophical Institute em Olmütz (agora Olomouc, República Tcheca), antes de ir para Brünn. Mendel tornou-se padre em 1847. Na maior parte dos 20 anos seguintes, ensinou numa universidade vizinha, excepto os dois anos em que ele estudou na Universidade de Vienna (1851-53). Em 1868, Mendel foi eleito abade do monastério.

As leis da hereditariedade sobre as quais a moderna ciência da genética está baseada foram descobertas por este monge austríaco. Apesar da sua importância, as descobertas de Mendel permaneceram virtualmente desconhecidas por mais de 30 anos após ele ter efectuado as suas experiências - embora seus artigos científicos tenham estado disponíveis nas maiores bibliotecas da Europa e dos Estados Unidos da América.

As famosas experiências de Mendel com as ervilheiras iniciaram-se em 1856, nos jardins do monastério onde ele vivia. Ele propôs que a existência de características tais como as cores das flores é devida à ocorrência de um par de unidades elementares de hereditariedade, agora conhecidas como genes. Mendel apresentou o seu trabalho para uma sociedade de ciência natural local, em 1865, num artigo intitulado de "Experiments with Plant Hybrids." As tarefas administrativas, após 1868, mantiveram-no tão ocupado que ele não pode dar continuidade as suas pesquisas. Mendel viveu o resto da sua vida em relativa obscuridade, morrendo a 6 de Janeiro de 1884. Em 1900, pesquisas independentes realizadas por outros pesquisadores confirmaram os resultados de Mendel.


Fonte: http://www.geocities.com/joab_br/mendel/gregor_mendel.html



Depois do que vimos durante as aulas pareceu interessante saber um pouco mais acerca da vida de Gregor Mendel que tão importante foi para a descoberta das regras básicas da transmissão de informação genética de uma geração para outra.
Tal como já tínhamos estudado, foi no seu quintal que ele realizou as suas experiências com ervilheiras conseguindo estabelecer os princípios básicos da hereditariedade em plantas. Apesar disso, as teorias não foram logo aceites pelos biólogos contemporâneos talvez pelo facto de ainda não ser habitual o uso de termos matemáticos associados à biologia.

Balanço das aulas práticas (1º Período)

Visto não ter feito semanalmente uma síntese daquilo que foi realizado durante as aulas práticas, achei importante e necessário (já que o professor Salsa valoriza esta componente) referir as actividades efectuadas ao longo do 1º período nestas aulas.
Nas aulas iniciais, começamos pela utilização do microscópio óptico composto, a fim de analisarmos primeiramente a epiderme de um caule, e numa segunda experiência para observarmos estruturas do sistema reprodutor escolhidas por cada aluno. No final de cada trabalho prático, tivemos também de elaborar um relatório no qual devemos incluir o procedimento experimental, uma proposta de discussão de resultados e ainda uma conclusão obtida após a realização da experiência. Na segunda experiência esboçamos ainda um desenho daquilo que era possível observa a partir do MOC. A conclusão desta actividade deu-se na 5ª aula prática com a finalização dos relatórios acerca da mesma. Para uma melhor identificação das estruturas associadas à reprodução humana pudemos recorrer a um atlas de histologia digital.

Na 5ª aula prática, para além da conclusão do relatório, ocorreu a apresentação de parte dos trabalhos individuais elaborados por cada aluno, a cerca do controlo de fertilidade e dos métodos contraceptivos. Na aula seguinte, executamos uma actividade prática que consistia na observação e manuseamento dos principais contraceptivos utilizados pela mulher e também os relativos ao homem. De seguida tivemos de preencher uma grelha com informações acerca dos mesmos. Esta tarefa, na minha opinião, foi bastante interessante uma vez que pudemos estar em "contacto directo" com vários métodos contraceptivos, os quais numa grande maioria só tinha visualizado através de imagens. Na 7ª aula prática, para além de concluída a apresentação dos trabalhos sobre métodos contraceptivos, exploramos um CD-ROM sobre contracepção e problemas de fertilidade e de seguida resolvemos uma ficha acerca das informações contidas no mesmo.

Nas duas aulas práticas seguintes, 8 e 9, realizamos uma experiência que consistia na observação no MOC dos diferentes estádios de desenvolvimento embrionário do ouriço-do-mar e relativamente a eles tivemos de desenhar numa folha os respectivos estádios embrionários. Por último, realizamos ainda o relatório referente a esta actividade.

Nas 10ª e 11ª aulas práticas, realizou-se a apresentação dos trabalhos elaborados pelos alunos, desta vez sobre o controlo de fertilidade. Na 11ª aula, respondemos ainda a um quiz acerca do monoibridismo, sendo, a meu ver, uma boa maneira de testarmos o nosso conhecimento relativamente a esta matéria. Na aula seguinte, não só fizemos a correcção do quiz da aula passada, como também realizamos outro quiz, mas desta vez acerca do diibridismo. Este segundo trouxe mais dúvidas comparando com o outro, talvez pelo facto de a matéria (naquela altura) ainda não estar tão bem assimilada.

Por último, resta-nos a 13ª aula prática (nem sempre o número 13 é mau presságio =P). Nesta aula, terminamos os trabalhos e relatórios que tinham ficado pendentes e ficamos a saber as classificações que obtivemos nos trabalhos individuais e no 3º relatório. No meu caso, as notas dos meus trabalhos não me agradaram por completo e por isso, no 2º período, vou me empenhar mais e espero que esse trabalho seja reconhecido.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Parto aquático


No mundo inteiro, cada vez mais mulheres têm procurado formas alternativas para dar à luz. Ouve-se falar em vários tipos de parto tais como o de cócoras, o parto natural, o parto domiciliar, parto na água e por daí por diante.

O parto na água é uma modalidade de nascimento onde a mulher fica dentro da água durante o período de expulsão de modo a que o bebé chegue ao mundo no meio aquático, exactamente como estava no útero. A água é aquecida a 36ºC e o pai ou acompanhante podem entrar na banheira com a futura mãe.
Estes nascimentos costumam ser muito suaves e calmos e muitos bebés nem chegam a chorar quando são levados para o colo das suas mães.
Alguns médicos alegam que este tipo de parto não é seguro, porque o bebé pode ingerir água. Na verdade os registros de incidentes nos partos aquáticos são muito raros e comparado com partos na mesa ginecológica o parto na água não é inferior em termos de segurança, mas é superior em termos de qualidade do nascimento.

O uso da banheira também pode ser iniciado antes do parto, para relaxamento e para a suavização das sensações do trabalho de parto. As contracções ficam menos fortes e o bebé pesa menos sobre o colo do útero. Muitas mulheres saem instintivamente da água na hora do bebé nascer, preferindo ficar sobre um colchão, de cócoras, deitada em posição semi-reclinada, ou até de lado (posição de Sims).
Este pode ser um tipo de parto alternativo ao parto normal que pode trazer algumas vantagens. Caso seja realizado por alguém profissional pode ser benéfico para a mãe que não sofre de tantas dores no parto e ainda para o recém-nascido pois com este tipo de parto ele não sofreria uma mudança tão radical em relação ao meio em que se encontrava no período de gestação.
Esta é uma boa alternativa caso seja eficaz e segura como afirmam ser e deve ser considerada como uma boa opção a optar quanto aos tipos de partos.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Infertilidade em Portugal


Em Portugal, existem cerca de 500 mil casais inférteis, o que significa que um milhão de pessoas que não conseguem ter filhos. Este número representa 10% da população portuguesa e tendência é para aumentar ainda mais. «É uma verdadeira doença que se encontra em ascensão de frequência», alerta o Prof. João Silva Carvalho, da Faculdade de Medicina do Porto, referindo que os cálculos são de dez mil novos casos por ano. Isto indica-nos que a incidência da infertilidade andará por volta dos 10 a 15%, que corresponde também à média europeia.

Hoje em dia, as razões para que se verifique infertilidade tanto se devem a problemas masculinos como femininos, ou seja, são problemas do casal. Para o homem as coisas parecem ser mais simples. Devido a alterações ambientais, regras alimentares, profissões, consumo de tabaco, de álcool, cada vez existem mais homens com espermatozóides de «má qualidade». Um factor em que a idade não tem influência significativa, ao contrário do que acontece nas mulheres. Nas mulheres, a principal razão para a sua esterilidade é o avanço da idade em que têm o primeiro filho. «Se até aos 35 anos a probabilidade da mulher engravidar em cada mês é de 20 a 25%, a partir dos 35 isso começa a baixar brutalmente em cada período, de tal maneira que aos 38/39 anos a probabilidade é de 10%», diz João Silva Carvalho.

O apoio aos casos inférteis deve passar por dois vectores: por um lado, deveriam existir maiores incentivos para os casais terem filhos mais cedo, como benefícios fiscais, mais facilidades na compra de habitação, etc.; por outro lado, as técnicas e medicamentos para tratar a esterilidade deverão ser mais comparticipados pelo Estado, de modo a ser menos dispendioso para o casal. Alguns dos tratamentos disponíveis são efectuados através da medicação, da cirurgia, ou, então, através de técnicas laboratoriais, como sejam a fertilização in vitro ou a inseminação intra-uterina, entre outras. As taxas de sucesso para estes tratamentos variam de acordo com a técnica utilizada e de acordo com algumas outras condições, tais como a duração da infertilidade anterior ao início do tratamento.




A infertilidade é um dos problemas que afecta um grande número de casais em Portugal e também por todos os países do mundo. Tanto o homem como a mulher podem apresentar problemas desta natureza. As causas da infertilidade são variadas e diferentes caso o problema esteja no homem ou na mulher. No homem, os factores ambientais e exteriores são geralmente os responsáveis pelo problema. Já na mulher, o problema reside principalmente na idade, uma vez que esta condiciona a qualidade dos óvulos que por sua vez vai influenciar as probabilidades de fecundação. Com tudo isto, posso concluir que os casais devem começar a planear o nascimento dos filhos mais cedo e também ter mais em atenção os cuidados com a saúde. Também o Estado deveria mudar a sua atitude perante os casais com problemas de infertilidade, pois a tendência que se verifica é de um agravamento da situação o que vai implicar uma diminuição de população jovem no futuro.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Cryo-Top


Neste momento, para muitos, Cryo-Top parece um nome sem sentido mas na realidade trata-se de um método inovador que permite mudar aquilo que a Natureza criou. Graças ao médico japonês M. Kuwayama, agora também as mulheres são férteis até mais tarde. Tudo isto se deve ao método de vitrificação de ovócitos, em linguagem mais simples, um processo capaz de congelar gâmetas femininos. Neste processo inovador ocorre um congelamento ultra-rápido dos ovócitos, mergulhando-os numa solução especial, antes de os armazenar em nitrogénio líquido.


Com uma taxa de sobrevivência ao descongelamento igual a 90% gera-se assim uma inovação no campo da reprodução assistida. Todo o processo termina com a fertilização in vitro, que também no preço do tratamento se encontra incluída.


Isto pode ser uma solução para as mulheres que preferem apostar nas suas carreiras profissionais e deixar a maternidade para mais tarde. Mas também para aquelas em que aconteça algo que possa afectar a qualidade dos seus óvulo tal como uma doença ou até mesmo a idade.


No nosso país, o Cryo-Top ainda não está disponível. Em Espanha, porém, desde Setembro do ano passado, é possível recorrer a este processo, nas 10 clínicas do Instituto Valenciano de Infertilidade.



É certo que com este processo as mulheres podem estar mais despreocupadas em relação à sua fertilidade e ao fim da mesma, uma vez que podem sempre ter um ovócito de reserva. Com isto cria -se um dilema pois apesar de estarem no seu direito a partir de certas idades, a gravidez pode ser arriscada ou mesmo impossível de realizar. Nestes casos, a ética vai contra este procedimento. Mas que direito temos de julgar ou criticar os outros?

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Apresentação do blog

No início deste ano lectivo (2007/2008) foi-nos atribuída uma tarefa para desenvolvermos ao longo do ano. Essa tarefa consiste numa espécie de portfólio digital, mais precisamente um blog. Nele devemos reunir um conjunto de reflexões, pesquisas, trabalhos efectuados na aula e em casa, entre outros.
O objectivo deste trabalho, na minha opinião, consiste em aprofundarmos os nossos conhecimentos relacionados com a área da Biologia. E ainda criar um espaço em que possamos discutir e até aprender vários temas no âmbito desta disciplina.